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PERDÃO

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"Nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam: - A pedra, depois de atirada; - A palavra, depois de proferida; - A oportunidade, depois de perdida; O tempo, depois de passado" (Provérbio tibetano). "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24). Dizem que o pensamento tibetano acima é um "mantra", e já fizemos referência a uma parte dele há alguns dias num dos artigos anteriores. Uma parte dele parece que é [considerada] uma "maldição". Não vamos entrar no mérito do que seja um "mantra", não vamos também descer a detalhes quanto a maldições, embora seja nossa obrigação dar o entendimento cristão sobre essas questões. Jesus, conforme versículo acima citado, nos orienta como devemos agir quando o próximo tem alguma coisa

A VERDADE

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Nos dias em que vivemos, tempos difíceis (2 Tm.3:1), ela parece meio esquecida, fora de moda. Chega a ser tratada com o desdém e a desimportância próprios daquilo que não serve mais, como uma figurinha de um álbum já completo ou um calendário do ano passado. Diariamente vemos como ela é negligenciada, desvirtuada. Homens que deveriam protegê-la, amá-la, manipulam-na como massinha de modelar, de modo que ela perca suas características e deixe de ser o que é para atender a interesses escusos, ilegítimos. Eu mesmo, confesso, tenho dificuldade em lidar com ela algumas vezes. A minha natureza humana, pecaminosa, não raro tenta me afastar dela e me sugere caminhos mais fáceis. Fico tentado a esquecê-la, como tantos fazem. Nesses momentos ela me cutuca, me incomoda como uma farpa no dedo, um mosquito a zumbir no meu ouvido quando tento dormir. Quase a deixo pelo caminho e me junto aos demais. Neste momento lembro-me do que Jesus disse sobre ela (Jo.8:32) e a venda se me cai dos olhos. Percebo

ESPERANÇA, TEREMOS NÓS DIREITO ?

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Sou supreendido por evocar e preconizar um discurso paradoxal, isto para não dizer patético; digo isso, em virtude de enfatizar um Cristo dentro de um gueto de idéias e convicções pífias, tão típicas da religiosidade." A tragédia ocorrida no Haiti traz uma imprescindivel elucubração no que toca o por qual razão de não encontrarmos um ponto de equilíbrio. Muito embora, a humanidade, e devo ressaltar, com as devidas ressalvas, tenha alcançado progressos colossais tão bem representados pela tecnologia e pela internet, continuamos num via paradoxal. Basta abrirmos o jornal e observarmos as notícias profusas e espraiadas de um pessimismo pairando na sociedade. Ora, evito estabelecer uma linha de analise de teor escatológico e de estarmos no itinerário de uma hecatombe apocalíptica. Por enquanto, lanço a arguião sobre o direito de termos esperança? Faz-se notar, as alterabilidades no ecossistema (enchentes com efeitos assoladores nas metrópoles, caso da Cidade de São Paulo; as tempestad

O DRAMA DA CRUZ

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“Jesus teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que ele nunca cedeu a elas nem pecou” -- é o que diz a Bíblia (Hb 4.15, BV). Porém, nenhum de nós passou por uma tentação tão difícil como a que ele experimentou na madrugada de seu último dia de vida. O momento da tentação Aconteceu logo após o programa da reunião de despedida realizada no cenáculo de Jerusalém na noite de quinta para sexta-feira. Logo após o lava-pés, a celebração da Páscoa, a instituição da Santa Ceia, a exortação “não se perturbe o coração de vocês”, a promessa de outro Consolador, o discurso da Videira verdadeira, o adeus final, a oração intercessória e o cântico de um dos salmos. O ambiente da tentação Em certa altura do Monte das Oliveiras, a 830 metros de altura, fica o Jardim do Getsêmani, do outro lado do ribeiro Cedrom, lugar onde costumeiramente Jesus e seus discípulos oravam (Jo 18.2). Foi exatamente ali que aconteceu a última e mais feroz tentação de Cristo. O fato de ter sido num jardim lembra o jardim

CONSTRUINDO BARCOS

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Dificilmente algum empresário sensato pensaria em plantar um estaleiro para barcos de grande porte longe de águas em que eles pudessem ser jogados facilmente. Porém, como o evangelho é coisa de louco (foi Paulo quem disse...), não é de admirar que Noé tenha feito exatamente isso! Quando começou a construção, Noé sabia que não era para já que Deus mandaria o dilúvio. Quando a estrutura da arca estava erguida e as tábuas, a meia altura, Noé continuava sabendo que o dilúvio ainda não era para já. Mas prosseguiu. Na fase do acabamento, deve ter pensado: “Agora já não vai mais demorar tanto...”. Certamente Noé estava achando difícil conviver com o nível de apodrecimento moral daquela gente no meio da qual era forçado a viver, e por isso deve ter-se apressado, pois sabia que as águas prometidas por Deus não viriam senão quando o grande barco estivesse pronto. Por certo chamavam-no de louco por causa de seu estaleiro sem propósito e dos anos perdidos com aquele “elefante-branco”. Afinal, pens

CURAR OS ENFERMOS

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Muitos dos motivos de oração que recebemos têm a ver com saúde. Alguns agradecem pela cura, mas a maioria são pedidos por intervenção de Deus em doenças: o esposo com câncer, a cirurgia da filha, o rapaz atropelado por uma moto, o bebê prematuro que precisa sobreviver... Vivemos numa sociedade doente. E é natural que levemos a Deus nossas enfermidades, esperando que ele olhe para nós com misericórdia e nos conceda a restauração, fruto do toque de sua mão bondosa. No tempo de Jesus não era diferente. Ele vivia rodeado de pessoas doentes ou em busca de cura para seus enfermos. Segundo Mateus, ele inicia o seu ministério percorrendo a Galileia e “curando todas as enfermidades e doenças entre o povo”. A notícia corre longe e se espalha com rapidez: “Notícias sobre ele se espalharam por toda a Síria, e o povo lhe trouxe todos os que estavam padecendo vários males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos; e ele os curou” (Mt 4.23-24). O evangelista lega-nos uma significativa in

QUANDO VIVER É PRECISO

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Há um momento na vida (no meu caso isso só chegou após os 32 anos) onde descortina-se para nós novos modos de enxergarmos a vida. Atividades que antes valorizávamos, perdem completamente a beleza. Pessoas antes cultuadas deixam de exercer influência. Livros e autores antes admirados passam a ser questionados. Temas que nos arrebatavam por horas, que nos levavam a debates calorosos, são completamente desinteressantes. Preletores que nos levavam ao êxtase são igualados a quase todos os demais. A atração da multidão se torna em repúdio. O sem-número de amigos não resiste ao filtro do tempo. Por fim, os poucos amigos gotejados cabem nos dedos das mãos. Mas, são capazes de encher mais o coração. Aquela nossa forte tendência em precisarmos depender de conselhos dos outros torna-se numa independência madura que valoriza os conselhos mas ponderando-os com sua própria consciência e espírito. As intituições – antes tão sólidas e transmissoras de piedade humana – por fim mostram-se frágeis e por