A SALVAÇÃO AO NOSSO ALCANCE
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Durante uma caminhada ao parque deparei-me com um pequeno passarinho, que estava bem machucado. Notei que uma de suas asas encontrava-se visivelmente danificada, impedindo-o de alçar vôos maiores. Isso fazia com que aquele frágil animalzinho não conseguisse se alimentar, pois os pássaros sadios eram muito mais ágeis e qualquer competição por comida tornava-se sempre desfavorável ao pequeno e debilitado passarinho. Evitei, então, o triste fim que aquele bichinho desamparado teria, decidindo por trazê-lo às minhas mãos, com as quais formei cuidadosamente uma espécie de “concha” para acolher aquela pobre ave, que já se achava bem debilitada. Logo percebi que se eu apertasse demais uma mão contra a outra, aquele bichinho seria esmagado e morreria. Por outro lado, se eu abrisse muito espaço ele cairia e também pereceria. O ambiente ideal para uma adequada recuperação era, portanto, uma concha feita com as mãos nem muito aper