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MARIA ÍCONE DA CARIDADE EVANGELICA

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Por: Padre Wagner Augusto Portugal   " Fruto do Espírito e da plenitude da lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e de seu Cristo: ‘Permanecei em meu amor. Se observais os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’ (Jo 15,9-10).” Assim nos explica o Catecismo da Igreja Católica sobre esta virtude teologal, “pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus” (CIC §1822). E na busca de um ícone que tenha vivido intensamente esse “vínculo de perfeição” (Cl 3,14), correspondendo no próximo o sentimento semelhante ao daquele “que nos amou primeiro” (1Jo 4,19), encontramos a imagem de Maria, a Mãe do Divino Amor, aquela que “guardava tudo em seu coração” (Lc 1,19). Tabernáculo do Altíssimo, escol

MÊS DO ROSARIO

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Outubro é o mês de Nossa Senhora Aparecida, é, ao mesmo tempo, mês de Nossa Senhora do Rosário, bem como é o mês de Nossa Senhora Mãe Rainha. Outubro é, como maio, um mês de Maria, ela que é a aurora da salvação, ela que é a missionária por excelência, ela que, com toda a disponibilidade, nos trouxe o Filho de Deus, o nosso Salvador. Em suas diversas aparições a pessoas de fé, no decorrer da história do mundo, Maria sempre nos alertou e alerta sobre as misérias mundanas que podemos evitar, sanar, combater. E um pedido constante dessa nossa mãe celeste é a oração. O rosário é uma oração popular e, justamente por ser popular, é agradável a Deus e, como Maria é nossa medianeira, a oração do rosário, com piedade, com fé, é uma alavanca que conseguirá levantar o mundo, libertando-o de tanta miséria e violência. Antes de concluir suas saudações nos diversos idiomas, durante a audiência geral realizada no dia 06 de outubro de 2010, na Praça de São Pedro, o Pap

O ESPIRITO SANTO E MARIA

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O mistério de Maria é inseparável do mistério do Espírito Santo. Mais: dele depende. O Apocalipse fala de uma mulher vestida de sol (12,1). Esse sol é o Espírito Santo, que a enriqueceu de todas as graças desde quando o Pai a escolheu para ser a mãe de seu Filho. E quando, cheia de graça, chegada a plenitude dos tempos (Gl 4,4), ela deveria conceber Jesus, é o Espírito Santo que a fecunda, como rezamos no Credo: "O Filho unigênito de Deus ... por nós e para nossa salvação desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria". Revestida de sol, coberta pelo Espírito Santo, Maria tornou-se, no dizer de São Bernardo, "um abismo de luz, gestando o verdadeiro Deus, Deus e homem ao mesmo tempo" e, diante desse fato, observa ainda São Bernardo, "até o olho angélico fica ofuscado com a potência de tal fulgor". Sol e luz são figuras para expressar um fato: Maria, senhora de todas as bênçãos, concebe o Filho de Deus, por obra e graça do

MARIA SEMPRE VIRGEM

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O segundo, na ordem histórica, dos quatro dogmas marianos é o da virgindade de Maria, antes, durante e depois do parto de Jesus. O dogma foi proclamado em 649, pelo Concílio Ecumênico do Latrão. Uma declaração dogmática, na Igreja, é necessariamente antecedida por séculos de estudos, debates, aprofundamentos e, muitas vezes, superação de doutrinas heréticas. A partir de 649, não houve mais nem no Oriente nem no Ocidente vozes discordantes. A Liturgia cristã, que é a teologia feita oração, a literatura e as artes em todas as épocas enalteceram a virgindade perpétua de Maria, por ser Maria a Mãe de Deus. Convém acentuar sempre de novo que é em sua maternidade divina que radicam sua virgindade e todos os outros privilégios marianos. A antífona mariana que a Igreja reza há séculos no final da oração da noite, que começa com as palavras "Alma Redemptoris Mater" (Mãe santíssima do Redentor), canta ternamente a virgindade de Maria: "Tu, que acolheste a palavra de Gabriel

SER FELIZ COM MARIA

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A mãe de Jesus é proclamada mãe de Deus. A base da fé cristã se dá em Jesus, por Ele não ser apenas um homem e sim também Deus. O filho que Maria gerou é pessoa divina. Ela acompanhou seu filho até a ressurreição. Por Ele ter ido ao céu, Maria também o acompanhou em seguida, sendo levada à eternidade na glória do Filho. Celebramos essa realidade da subida de Maria, viva em corpo e alma, para junto de Deus. Nós a proclamamos feliz, porque, de fato, ela cumpriu a missão que lhe foi confiada, apesar de seu sofrimento, vendo a injustiça humana perseguidora de Jesus. Mas, assim como Ele triunfou sobre tudo, sua felicidade foi imensa com essa vitória. Maria, simples criatura de Deus, foi escolhida como modelo de isenção de pecado e de abertura total à ação do Criador. Ela bem lembra à prima Isabel a grandiosidade de Deus, que olhou para ela, simples serva obediente e humilde. Seu reconhecimento da bondade do Senhor é estímulo para também desenvolvermos nossa docilidade e adesão ao projeto

MARIA, MÃE DAS DORES

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Santíssimo, Jesus atravessou um grande mar de sofrimentos de toda espécie. Portanto, o sofrimento não pode ser conseqüência de pecado pessoal. Se o fosse, que sentido teria o convite expresso por Jesus aos discípulos de tomar diariamente a cruz, ou seja, todas as circunstâncias humanas, incluídos o sofrimento e a adversidade, e segui-lo (Lc 14,27)? Conservo comigo uma frase pronunciada em dia de retiro mensal pelo meu Confrade Frei Ademar Spindeldreier, em maio de 1975, um mês e meio antes de morrer num acidente rodoviário. A frase ganha valor, porque Frei Ademar se tornara, por seu permanente estado de saúde, um verdadeiro mestre na espiritualidade do sofrimento: "Só quem não ama a Deus pode dizer que o sofrimento é crueldade". Maria de Nazaré, imaculada e santíssima, jamais tocada pela sombra do pecado, mergulhou no oceano do sofrimento a ponto de ser identificada como a Mãe das Dores. As raízes de seu sofrimento não estão plantadas na lama do pecado, mas na paixão de

A PASSAGEM DE MARIA PARA A ETERNIDADE

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Ao longo da história, tanto os teólogos quanto a piedade popular se dividiram na opinião se Maria morreu de fato ou se apenas adormeceu e foi levada ao céu em corpo e alma pelos anjos. A basílica em sua honra em Jerusalém chama-se exatamente "Dormitio Mariæ" e um dos documentos mais antigos que temos sobre os últimos dias de Maria também leva esse título. O dogma da Assunção de Maria, proclamado em 1950, não dirimiu a questão, afirmando que "a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste". O corpo de Maria, elevado ao céu, podia já ser um corpo glorificado, como o de Jesus após a ressurreição. Tanto os que falam em morte natural de Maria quanto os que falam em sono profundo da Mãe de Deus têm seus bons argumentos. Estes últimos argumentam com sua conceição imaculada. Se a morte é conseqüência do pecado, Maria, sem pecado e sem sombra de pecado, não podia morrer. Lembram também