ll VIA DE SANTIFICAÇÃO


A segunda via, que indica aqueles sofrimentos que surgem na aurora do dia, sem que esperamos por eles, não lhes faltaram nem mesmo boa vontade diante dos sofrimentos que o próprio Deus lhes permitiam que passassem. Tal como Nossa Senhora havia predito. “Ides, pois ter muito que sofrer…” (Memórias da Ir. Lúcia)

Penso ter sido um dos momentos mais sofrido da vida dos pastorinhos, o episódio do dia 13 de Agosto, um imprevisto, que tardou a aparição de Nossa Senhora para dia 19. O administrador Artur de Oliveira Santos retém os pastorinhos presos durante três dias, ora em sua casa, ora na cadeia municipal.

Era dia 13 de Agosto de 1917, estavam os pastorinhos presos durante todo aquele dia…
“A Jacinta, o que mais lhe custava era o abandono dos pais; e dizia, com as lágrimas a correrem pela face:
- Nem os teus pais nem os meus nos vieram ver. Não se importam mais de nós!
-Não chores, disse-lhe o Francisco. Oferecemos a Jesus, pelos pecadores.
E levantando os olhos e as mãozitas para o Céu, fez ele o oferecimento: Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.
A Jacinta acrescentou: É também pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.

É impressionante a atitude dos pastorinhos. Para Francisco o que mais lhe contristava era o fato da possibilidade de Nossa Senhora nunca mais lhes aparecer. Quanto a Jacinta, chorava com saudades da mãe e da família, porém, Francisco tentava animá-la dizendo: “A mãe, se não tornamos a ver, paciência! Oferecemos pela conversão dos pecadores. O pior é se Nossa Senhora não volta mais! Isso é o que mais me custa! Mas também o ofereço pelos pecadores”. (Memórias da Ir. Lúcia)
Certamente, as pequenas crianças de Fátima, não desejaram passar por este sofrimento, e nem mesmo escolheriam está via por falta de opção, mas ao contrário, aceitaram de muita boa vontade como um bom soldado de Cristo à todos sofrimentos que lhes bateram a porta, e mesmo em grau de perigo. “Assume o teu quinhão de sofrimento como um bom soldado de Cristo Jesus” (II Timotéo 2,3). Eles foram capazes de dialogar-se com o mundo dos sentimentos, e agindo com consciência e maturidade no mundo espiritual, e deram uma resposta heróica diante de Deus. Porém, mal sabiam eles que os sofrimentos de que falava Nossa Senhora eram semelhantes com certas torturas que costumamos a ver em campos de concentração

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