DEVOÇÃO À VIRGEM MÃE


A devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus, é sem dúvida uma grande força da nossa vivência cristã, porque, longe de desviar nossa atenção do Cristo, ela nos integra no plano de salvação proposto por Deus e realizado por seu Filho único, Jesus Cristo, que se encarnou e veio ao mundo por meio de Maria. E a celebração da Imaculada Conceição de Maria, dentro do período do Advento, mostra que não podemos separar o culto a Maria do seu centro de referência que é Cristo.
Nós celebramos Maria porque é Mãe de Deus, porque nos deu o Salvador e se tornou, de fato e de direito, co-redentora da humanidade. E foi Deus que assim o quis. Foi Deus que, em sua infinita sabedoria e bondade, estabeleceu que a redenção da humanidade se faria através de seu Filho único nascido de uma virgem; e a virgem escolhida foi Maria. Por isso, para ser digna Mãe do Verbo encarnado, foi preservada da culpa original, não por seus próprios méritos, mas em previsão dos méritos de Jesus Cristo.
Celebrar Maria é celebrar Cristo nosso Salvador. É celebrar as grandezas de Deus, que olhou para a humildade de sua serva e nela e por ela realizou grandes coisas.
Falando de Maria, o Concílio Vaticano II trata do culto e devoção a Maria, isto é, da religiosidade popular mariana. Nós católicos não fazemos de Maria uma deusa; pois, embora a Igreja a honre com um culto especial, é diferente e inferior ao culto de adoração que tributamos a Deus uno e trino. A Deus nós adoramos como o Senhor do céu e da terra, nosso Criador, único e verdadeiro Deus. Em Maria nós louvamos a glória de Deus, que nela se manifesta de uma forma singular e única, e a veneramos como Mãe de Deus, a bendita entre todas as mulheres e a bem-aventurada de todas as gerações.
Ora, se Deus, o Senhor de todas as coisas, o Infinito e o Absoluto, não se envergonhou de escolher Maria, e a fez Cheia de Graça, para ser a Mãe de seu Filho, por que haveríamos nós, simples mortais, de recusar ter para com ela uma devoção toda especial? Só se não cremos em Jesus Cristo nem o aceitamos como Salvador.
É bom lembrarmos ainda que a nossa devoção a Maria deve fundamentar-se principalmente na imitação de suas virtudes e no seguimento de Cristo. Quando Cristo disse: "Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga" (Mt 16,24), ele se colocou como o primeiro e principal modelo a ser seguido. Maria vem em segundo lugar. Se imitarmos Maria em sua fidelidade, no seu amor a Deus e aos irmãos, com toda a certeza ela nos conduzirá pelos caminhos de seu Filho Jesus.

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