ESCOLHE POIS À VIDA


O mês de agosto, como mês temático, é um dos mais ricos em comemorações. Estamos iniciando a semana com o Dia dos Pais e esse dia a propaganda já se encarregou de divulgar abundantemente. Peço a Deus que seja um dia em que o grande presente para os pais seja a união da família, o amor da esposa e dos filhos, a alegria do emprego e a possibilidade de uma vida experimentando o amor de Deus a cada dia de suas vidas. Sem dúvida que não podemos comemorar o dia dos pais sem lembrar da esposa e dos filhos, portanto, da família!

E esta semana que iniciamos é a Semana Nacional da Família que, neste ano, aproveitando o tema da Campanha da Fraternidade, retoma o lema: “Escolhe, pois, a vida”. Em todas as paróquias e comunidades estaremos celebrando a família enquanto dom de Deus para a humanidade, como célula que deve estar sadia para que o nosso corpo social também seja saudável.

E com relação à família as contradições desse nosso vasto e grande são enormes: ao mesmo tempo em que sentem que algo precisa mudar para que a sociedade seja mais justa, solidária, tenha mais paz e fraternidade e procura proteger as crianças, dar melhores níveis de vida para todos e defender os direitos individuais e sociais, por outro lado a destruição da família, o desenfreado individualismo com o hedonismo propalado até por membros do Estado proporcionando uma educação confusa, a busca de conseguir riquezas a qualquer custo, e aqui entra tanto a sociedade consumista quanto o narcotráfico, ou seja, a venda de drogas, que acarreta riquezas enormes para os traficantes; a luta pelo poder a qualquer custo e tantas outras situações têm levado a nossa pobre sociedade a níveis alarmantes de violência e insatisfação.

A questão se agrava ao nosso redor com o problema social. A violência está por toda parte e por muitas motivações que são amplamente divulgadas numa série de contradições que machucam nossa inteligência e compreensão que, aqui, em nosso país, agravado com o problema social e as desigualdades abissais que clamam aos céus, faz com que nossas famílias, levadas por tantas circunstâncias, acabem se dilacerando e experimentando a dificuldade de passar os valores aos filhos.

Nesta semana também iremos recordar o dia do estudante – e o setor juventude preparou a “semana do estudante”, que também baseia a reflexão na Campanha da Fraternidade. A semana do estudante tem como tema: “Juventude e o direito à dignidade”, com o lema: “temos mil razões para viver”. De uma certa forma, os temas da semana nacional da família e da semana do estudante se completam dentro de um raciocínio da expectativa de um mundo melhor para todos: escolhendo a vida, estaremos buscando o direito à dignidade e assim teremos mil razões de viver em todos os sentidos que a palavra “vida” pode assumir.

Teremos ainda outras comemorações nesta semana, mas creio que entre tantas poderíamos reforçar esses dois momentos importantes que, acredito, podem ajudar a nossa sociedade em seu encaminhamento para reconstruir-se nesse tempo de tantas mudanças e destruições: Semana Nacional da Família e Semana dos Estudantes – família e a juventude: eis dois grandes eixos que deveríamos cuidar bem e ajudar a viver com dignidade e com esperanças de futuro.

Seria muito bom se este fosse o verdadeiro interesse das políticas nas escolas e com as famílias. Gasta-se muito dinheiro para divulgar e proporcionar soluções exatamente ao contrário. São as contradições das ideologias que não têm uma antropologia em que veja a pessoa humana com sua dignidade e importância. Ainda melhor se os concessionários da mídia também pautassem o bem, o belo e o bom da juventude e da família para suscitar com que bons exemplos e comportamentos se multiplicassem.

Justamente nesses dias em que acontece em Pequin (ou Beijing) uma nova Olimpíada que, com todas as contradições existentes, ainda congrega tantas belas oportunidade de ver que seria possível um mundo diferente em que a força não fosse empregada para a guerra ou para a destruição dos outros, mas para competições sadias (espero) como numa olimpíada. No entanto, cada dia o mal, o feio, o brutal, a violência, a maldade vêm retratados em nossas mídias porque dão mais audiência ou vendem mais! A orientação das escolas de comunicação com relação àquilo que é notícia que levou a esses níveis tem a sua responsabilidade. Tudo o que cultivamos cresce! Por que não dar direito de cidadania também para o que é bom, belo e do bem? Por que só o que é ruim é que tem maior prioridade? Olhemos os nossos presídios e veremos a idade dos que estão lá confinados, olhemos nossas periferias e veremos com quem está a violência, olhemos nossas famílias e, chorando, olhemos a que está se reduzindo.

As opções que tomamos hoje têm conseqüências hoje a amanhã. Prestigiemos essa Semana Nacional da Família e a Semana do Estudante e trabalhemos pelo bem e pela dignidade da pessoa humana.

Recordo, para concluir, a célebre frase do servo de Deus, o Papa João Paulo II: “o futuro da humanidade passa pela família”. Trabalhemos por células sadias – famílias sadias – em nosso corpo social!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A VIRGEM DA DOCE ESPERA

MARIA ÍCONE ESCATOLÓGICO DA IGREJA.

SER DISCIPULO, NÃO SÓ ALUNO