A MÃE DE DEUS


Proclamar que a Virgem é Mãe de Deus é asseverar que realmente em Jesus há uma só pessoa divina, a segunda da Santíssima Trindade que, no ventre de Maria, assumiu realmente a nossa natureza humana. Este título foi confirmado oficialmente pelo Concílio de Éfeso, em 431, que combateu a heresia de Nestório. Este afirmava que Nossa Senhora seria somente Mãe do homem Jesus, como se no nosso Salvador houvesse duas pessoas, uma humana e outra divina! Mas, não! Em Jesus há um só eu, uma só pessoa, um só sujeito: o Filho eterno do eterno Pai. Ele, sendo de natureza divina, assumiu também a natureza humana, de modo que no ventre da Virgem, Deus-Filho humanizou-se realmente, assumindo o que é humano para salvar o humano!

A Virgem Santíssima é verdadeiramente Mãe de Deus-Filho feito homem. São João afirma que aquele que não confessa que Jesus, o Filho, veio realmente numa carne humana, é o anticristo (cf. 1Jo 4,3). A Virgem Maria, logicamente, assume o papel de adversária do anticristo, porque, como Mãe de Deus, exprime da maneira mais clara possível a verdade da Encarnação do Filho de Deus!

Com nossos irmãos orientais, cantamos hoje com alegria: "Verdadeiramente é digno bendizer-te, ó Mãe de Deus! Bem-aventurada, imaculada para sempre, Mãe do nosso Deus! Mais venerável que os Querubins e incomparavelmente mais gloriosa que os Serafins! Tu, que conservando tua integridade, deste à luz o Verbo de Deus! Tu és na verdade Mãe de Deus! Nós te glorificamos!"

Esta é a fé verdadeira. Quem dela se afasta, afasta-se da verdade de Cristo, sempre presente na sua Igreja pela garantia do Santo Espírito (cf. Mt 16,18; Jo 14,25s; 16,12-14; 1Tm 3,15).

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