NOSSA SENHORA INSPIRADORA DA FÉ


Se me pedissem um título de Nossa Senhora que ainda faltasse na miríade de títulos que envolve a vida, a graça e a lenda de Maria de Nazaré, acho que diria sem hesitar: Nossa Senhora Inspiradora da Fé.
Explico-me: de todos os que conviveram e seguiram Jesus de Nazaré, o Ungido, O Cristo de Deus, nenhum, sequer um de seus contemporâneos, apóstolos e seguidores,mas nem mesmo sucedâneos, os santos e mártires, mereceu mais atenção dos homens de todas as épocas subseqüentes quanto Maria, sua mãe. Objeto de devoção e instrumento de conversão de todas as gerações até os nossos dias, Maria de Nazaré, de fato tem sido muito mais do que mera personagem de sua vida e obra.
Ela mesma, se pudéssemos vê-la sem encanto, seria uma simples judia que viveu e foi , em sua sociedade, uma mulher típica: mãe de família e servidora de Deus. Em relação ao marido e filho, mostra-se obediente e reverente, conforme as tradições de Israel. Os apontamentos que aqui e ali, espaçadamente, dão-nos pistas de sua personalidade e ação, também são testemunhos uníssonos de que nela o sentido da obediência a Deus é permanente. Suas frases são de uma clareza meridiana nesse sentido: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lucas 1,26-38); "Façam tudo o que Ele (Jesus) lhes mandar", (João 2,5) etc.
Se há nela esforço por ser, como convinha à típica mulher judia na Galiléia de sua época, um exemplo de discrição e servidão, pergunta-se como essa simples mulher, já nas primeiras comunidades cristãs, era ícone de comunhão com Deus e perfeita assimilação da mensagem de Cristo? Como, desde sempre, sua vida foi um norte para os cristãos, simbolizando para todos uma vida exemplar, instrumento indefectível do plano divino, se ela era o recato deliberado?
Seria sua instrução? Qual? A pouca que lhe foi dada, quase que recolhida como migalhas, na sua época de serviço no templo? Dir-se-ia melhor sensatez, audiência perfeita do Espírito Santo como têm os "Pobres em Espírito" e os "Puros de Coração". Poder? Qual? O de interceder, como nas bodas de Canaã? Eloqüência? Só se for na fé, porque suas frases têm a simplicidade dos humildes sempre! Em suma, por onde quer que se procure os símbolos que geram admiração nos homens costumeiramente, ela escapa. Sua grandeza é a dos que se humilham. Pergunta-se: será por isso Deus a exalta como a mulher coroada de estrelas, símbolo último da vitória do cordeiro?!
A razão, no entanto, parece mesmo resumida no fato de Maria ser, a toda prova, humana. Jesus, o mestre, viveu em tudo, exceto no pecado, a condição humana, mas tinha uma dupla natureza: uma ,era sim , humana; outra, divina! Porém Maria não, era mesmo apenas humana e todos os testemunhos apontam para uma perfeita vivência do plano de Deus, primícias da Boa Nova! Nessa humanidade santificada, obediente a Deus, coroada pela graça e pela chama do Espírito Santo, abrindo-lhe caminho para a compreensão do Reino de Deus e apostolado privilegiado, aí, reside seu fascínio. Sua especial e inigualável graça, complementando a outra: a de ter sido urna sagrada, arca renovada da aliança!
Nossa fé católica tem na comunhão dos Santos um dos pilares centrais. Venerá-la é, como num silogismo, venerar Aquele que lhe santifica, o Espírito que permeia todo o corpo da Igreja. Nada há de idolatria como querem os protestantes.
Incrível como qualquer católico, ainda que sem mínima instrução, pode compreender essa simples operação da inteligência, sem confusão. Causando perplexidade a relutância de tantos protestantes em aceitar que a modéstia da fé verdadeira pode, sem equívoco, ver através de Maria a causa de sua santidade e venerar a causa em sua pessoa, ou ainda mais propriamente em seu exemplo. Ou, para usar um termo de que eles tanto gostam: seu indefectível testemunho!
Ao venerá -la , encontraram os fiéis ao longo desses dois mil anos, centenas de facetas e inspirações que lhe foram compondo os títulos. Esses títulos referem-se ora aos LOCAIS EM QUE VIVEU SUA VIDA, como Nazaré, Egito, etc; ora referem-se aos diferentes episódios de sua HISTÓRIA , como Natividade, Agonia , etc; ora em função de CARACTERÍSTICAS DE SUA PERSONALIDADE, como Amparo, Amor Divino, etc; ora às CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES ESPIRITUAIS, como Imaculada Conceição, Paz, etc; ora aos LUGARES EM QUE SE DERAM SUAS APARIÇÕES, como Guadalupe, Fátima; ora simplesmente em função de LUGARES COM TEMPLOS OU IMAGENS ESPECIAIS, como Nossa Senhora do rosário de Pompéia, Nossa Senhora de Bistrica ; ora por ser considerada devoção ou protetora de um país, continente, PADROEIRA , como Nossa Senhora D'África e ainda, os títulos ligados a PROFISSÕES E GRUPOS HUMANOS PROFISSÕES E GRUPOS HUMANOS , como Nossa Senhora dos Navegantes e assim por diante.
Abaixo, tentamos distribuir os diferentes títulos em categorias, pensando, assim, em auxiliar a compreensão dessa enorme riqueza de títulos.
Tamanha inspiração da fé Nossa Senhora opera nos homens de todas as épocas que é inevitável a sensação de ela é, no Plano de Deus, uma especialíssima auxiliar do Salvação humana, mediadora de graças, compadecida mãe espiritual que não hesita em se valer do amor filial de Jesus para alcançar do Pai as graças que distribui. E, polêmica maior, co-redentora dos homens.
Polêmica que se resolveria com um pouco de largueza de espírito e visão superior do plano espiritual. Se uno é o Espírito e a suprema missão de Cristo é fazer-nos co-herdeiros da graça do Pai, a comunhão de todos os Santos com Jesus Cristo e, um dia, com todos nós, significa, em última análise que sim, todos os Santos compartilham da fonte e podem operar tudo o que Ele, Jesus Cristo operou: é essa precisamente a Promessa!
Se todos podem, mais ainda Maria que em sua profunda humanidade nos convence a todos de que se pode viver a condição humana e , nela, libertar-se do pecado e da ilusão do mundo, iluminando-se e tomando posse de nossa herança.
Desejando saber mais sobre qualquer um dos títulos abaixo, aconselho uma visita ao excelente site NOSSA SENHORA DE TODOS OS POVOS Sem dúvidas o melhor site sobre os títulos de MARIA SANTÍSSIMA:

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