ONTEM HOJE, ETERNAMENTE
A promessa -- dom ou batismo do Espírito Santo, todos têm o mesmo significado -- era também para aqueles que estavam escutando o discurso de Pedro e para seus descendentes nas gerações subsequentes" é o que lemos em John Stott.
Mas a mensagem eterna, a Palavra de Deus, nos garante: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar" (Atos 2. 39).
Há alguns anos, numa reunião de estudo bíblico, o texto lido era sobre o Pentecostes (Atos 2). Para responder à pergunta de uma das pessoas presentes ("O Pentecostes foi profetizado no Velho Testamento?") não foi necessário ao dirigente da reunião consultar os livros proféticos e nem alguma enciclopédia bíblica, muito menos a Internet, como se faz hoje. A resposta está ali mesmo no texto que discorre sobre o Pentecostes.
Narra-nos a Palavra de Deus que, quando do acontecimento, "todos se maravilhavam e estavam surpresos [atônitos], dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? E outros, zombando, diziam: Estão embriagados" (Atos 2. 12-13).
Diante da dúvida, da chacota, Pedro levantou-se e passou a explicar o que ocorria: "(..) estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia [9 horas no nosso horário].
Mas isto É O QUE FOI PREDITO PELO PROFETA JOEL” (...): (Atos 2. 14-16 e seguintes).
Vem então à baila a questão, muito comum, se os sinais, os milagres ocorreram apenas naquela época ou estão e estarão sempre presentes?
A Palavra de Deus nos afirma que "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e o será eternamente" (Hebreus 13. 8).
A Bíblia, no momento em que Jesus foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus, após ter-nos comissionado para ensinar (Mateus 28. 19), pregar (Marcos 16. 15), testemunhar (Atos 1. 8), afirma: "E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, COOPERANDO COM ELES O SENHOR, E CONFIRMANDO A PALAVRA COM OS SINAIS QUE SE SEGUIRAM." (Marcos 16. 19-20).
Ou seja, Jesus, após já ter ascendido ao céu, continua confirmando com "sinais" as palavras ditas ou oradas pelos seus seguidores, ontem, hoje, e eternamente. Quem faz os "sinais" é Jesus, e não o que ensina, ou o que prega, e, muito menos, o que testemunha.
Voltando ao livro de Atos, no capítulo que expõe o Pentecostes, Pedro falando sobre os "sinais" que estavam sensibilizando (compungindo) as pessoas presentes, afirma: "Porque a promessa [de sinais, de conversões, de curas, de libertação] vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar" (Atos 2. 39).
Ele aqui está falando de gerações:
- vós - geração que ouvia a Pedro naquele momento;
- vossos filhos - geração imediatamente posterior aos ouvintes;
- os que estão longe - gerações futuras, ou seja, dos 2.000 anos já decorridos, e dos próximos anos que ainda acontecerão.
Já comentamos, em artigo anterior (*), que Jesus, na "Oração Sacerdotal", também diz a mesma coisa ao rogar ao Pai pelos que lhe foram dados por Deus, ou seja, pelos cristãos daquela época, mas Ele acrescenta: "E não rogo apenas por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim [futuros cristãos]" (João 17. 20).
Assim, nenhum de nós precisa ter dúvidas sobre a onipresença de Cristo, pois o contexto bíblico assim o afirma, ou seja Ele sempre estará conosco, com os cristãos, e com os futuros seguidores dEle, aqueles que crerem na pregação que os atuais e futuros cristãos fazem/fizerem da Palavra de Deus.
É plenamente verdade que Jesus, ontem, hoje, e eternamente é Onipotente [além de Onisciente e Onipresente] fazendo os “sinais” por Ele prometidos, em concordância com a Sua Palavra por nós, os cristãos, pregada, ensinada, testemunhada e orada.
Nós cristãos, nessa questão de “sinais”, entramos com a fé, somente a fé; e Jesus é quem manifesta o Seu poder. Só Ele tem poder!
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