BATENDO AS ASINHAS


"Visto que fomos aprovados por Deus a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e, sim, a Deus que prova os nossos corações" (I Tessalonicenses 2. 4).

Já escrevemos sobre isso, em 2001, mas sempre é oportuno nos lembrarmos do valor que tal atitude representa diante de Deus, quanto à nossa postura de seguir, em todos os momentos, o que a Sua Palavra nos ensina.

"Uma certa vez, um menino andava pela praia, e o mar bravio expelia os peixes, e os jogava na areia; milhares, dezenas de milhares, quiçá centenas de milhares, e estes se debatendo, morriam ali mesmo, diante da impotência e da indiferença das pessoas para salvá-los.

O menino, então, caminhando na areia, apanhava um peixinho de cada vez, dos que ainda estavam se debatendo, e jogava de volta à água.

Um senhor com dificuldades para se locomover, já de idade, grisalho, descrente, sobretudo pessimista, e, ao mesmo tempo, estupefato, olhou para o menino e disse:

'O que você está fazendo não vai adiantar nada'; e o menino, pensativo, simples, humilde, mas resoluto olhou para o homem, apanhou outro peixe, e o jogou na água dizendo:

'Para este vai adiantar', e continuou, um a um, jogando peixes no mar, agora com a companhia e a ajuda do homem idoso" (Adaptado, da Revista da Missão Portas Abertas).

Há, também, uma história dizendo que a floresta estava em chamas.

O fogo destruía tudo o que alcançava, e as labaredas cada vez mais fortes e ligeiras, iam consumindo árvores, animais que, atônitos, não achavam o caminho de fuga, objetos esquecidos na mata e tudo o mais que ali pudesse haver.

Um beija-flor, bem ágil, ia até o riacho, mergulhava em suas águas, depois levantava voo sobre o incêndio, e sacudia as suas frágeis peninhas e asinhas para que algumas gotinhas "pingassem" sobre a floresta em destruição.

Ele ia e voltava rapidamente, inúmeras vezes, apesar dos risos, das zombarias, das chacotas dos demais animais e pássaros que distavam do fogaréu.

Um pássaro mais irreverente, quando o beija-flor voltava para o riacho, disse-lhe:

"Isso que você está fazendo não vai adiantar nada, o fogo já atingiu imensas proporções, e as suas "gotinhas" são insuficientes para debelar as chamas".

O beija-flor, então, de novo sacudindo as suas asinhas sobre o fogo, sem titubear, disse ao interpelante: "se cada um fizer a sua parte, vai adiantar".

As duas interessantes histórias são pequenas, muito simples, mas significativas, se complementam, e falam por si próprias.

Prezados leitores, e agora falamos nos dirigindo apenas aos que conhecem e aceitam a Cristo, como único e suficiente Senhor e Salvador em suas vidas pessoais: o mundo está em chamas, o desastre total se avizinha, há muitas almas se debatendo [como aqueles peixinhos, e como aquela floresta, suas plantas, suas árvores, seus animais indefesos], e cada um de nós precisa fazer a sua parte para tirar essas almas das portas do inferno que se avizinha.

A verdade é que o mundo caminha [cai], cerelemente, em direção ao abismo, crises mundiais se sucedem: econômica, moral, ética, social e, especialmente, espiritual, e estamos inertes frente ao desastre total que se avizinha, quando é hora de “batermos as asinhas” para fazer algo possível no sentido de ajudar a saírem, alguns, do perigo!

Não sabemos quais os instrumentos, dons e talentos Deus colocou à sua disposição para isso: [um riacho talvez], mas há muitos recursos com os quais podemos contar:

- a palavra “ao pé do ouvido” do companheiro de condução;

- a conversa com o lojista que nos atende;

- o diálogo com o ascensorista do elevador do prédio;

- uma mensagem para o representante de telemarketing, que nos telefona para oferecer algum produto;

- a internet, tão utilizada pelos que difundem coisas ruins: obscenidades, pornografia, pedofilia, etc.

Os recursos existem, os dons e oportunidades os mais diversos, que Deus no dá, estão à nossa disposição.

Compete-nos escolher o que melhor se adapte ao nosso "perfil [talento]", que não pode ser enterrado, pois cada um de nós tem a responsabilidade de obedecer ao "Ide" de Jesus, pois é vontade de Deus que nenhum se perca:

“E a vontade de quem [Deus] me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (João 6. 39).

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