PROSTITUIÇÃO POLITIQUEIRA
"Considero mil vezes destrutiva esta iniciativa da 'política da boa vizinhança' que nos leva a prostituir valores, diante desta dança mal elaborada e mortal, que a religião produz em seus templos de pedra, conduzindo um aprisco de ovelhas a se tornar um sanguinolento em covil de lobos".
Recentemente em um debate, eu e um amigo falávamos sobre a Liberdade de como amigos de sermos sinceros em nossas queixas relacionadas à feridas que nos são causadas muitas vezes por pessoas que agem sem ter a percepção, nem empatia pelos outros, com isso não percebem o estrago que causam.
Ele defendia uma linha mais política, onde dizia que nestes casos deveríamos ignorar tais situações para manter a política da boa vizinhança, pois a repreensão ao agressor só iria causar um mal estar acabando por dividir as pessoas, com isso levando-nos a perder os benefícios de manter tais amizades.
Eu em minha visão sobre o assunto, concordei com o ponto das perdas, partindo do pressuposto de nestes casos verdadeiramente não existir uma amizade verdadeira, e sim uma autentica e política relação de “troca-troca”.
Este evento me levou a uma percepção e análise da consistência das bases de grande maioria relacionamentos produzidos pela Igreja em sua sistemática.
Sou fruto de uma criação bem severa em minha educação, fui sempre ensinado a não negociar valores, claro que isso somado a meu perfil de caráter só veio a destacar estas características em minha personalidade.
Nunca foi difícil para mim, trabalhar a arte de dizer um bonito “NÃO” a situações que julguei serem corruptas, ou que de alguma forma sentia que prostituiriam os meus valores pessoais.
Vejo que nas escrituras somos ensinados a ter uma postura firme diante das situações da vida onde se faz exigência de nossa posição. Jesus nos convida a termos em nossas bocas um sempre bem definido “sim, sim” ou um “não, não”, e o mais interessante que na continuação do texto ele declara a postura do “Meio-termo” como maligna e diabólica.
Só que em contrapartida desta situação, desde muito cedo ao analisamos nossas vivencias educativas na igreja, “que também tem sua função educadora”, vemos subliminarmente sendo passadas para nós posturas que contrariam totalmente a esta posição definida dentro do contexto de formação de nossos valores e caráter como cristãos. Lamentavelmente hoje somos obrigados a admitir este mau assedia as portas de nossos templos, pervertendo as crianças de Deus desde seu nascimento, a maldita “prostituição politiqueira”.
A junção “política & religião”, sempre demonstrou ser uma combinação dos infernos, o tanto que se popularizou o bordão conhecido de que “política e religião não se discutem”. Temos também como exemplo os distúrbios e barbáries sociais causados pela nossa própria igreja romana como prova deste sangrento e vergonhoso rastro histórico. Mas mesmo com todos estes testemunhos, ainda existem pessoas que como estes que citamos no início do texto acreditam que ao cedermos a “prostituição politiqueira” encontraremos solução para um mal que perpetua por séculos massacrando a fé dos humildes e regendo a Igreja de Jesus a gosto do capeta.
Considero mil vezes destrutiva esta iniciativa da “política da boa vizinhança” que nos leva a prostituir valores, diante desta dança mal elaborada e mortal, que a religião produz em seus templos de pedra, conduzindo um aprisco de ovelhas a se tornar um sanguinolento em covil de lobos.
Com este texto quero incentivá-los a não temer os rechaços e agressões provindas do ato de não manter a “politicagem” em nossos relacionamentos, entendendo que em nossos relacionamentos não podemos “barganhar” ou nem de forma alguma abdicar do direito da oposição critica de denunciar o que é reprovável e errado. Este sentimento desonesto que é o ato de abdicar de nossa contra resposta diante da impunidade, aceitando a perpetuação do mau caratismo, seja na igreja ou em nossos relacionamentos.
Esteja preparado, pois o preço de um caráter é alto, assumir uma posição, dizer um “NÃO”, repreender um transgressor, te fará perder amigos, pois tais atitudes sempre causam náuseas nos políticos de plantão. Você tocara nos seus “tronos” pessoais, jogará esterco em suas mal pintadas histórias, será considerado um rebelde, um herege, um Ditador que quer impor sua opinião.
Serão mil os recursos usados pelas pessoas de caráter débil e fraco, mas falo pra você, este é um preço muito pequeno pela boa consciência com Deus e consigo mesmo.
Chegara à noite onde colocara sua cabeça em seu travesseiro sabendo que escolheu o bom caminho, e pela manha eu afirmo que pelo preço de uma vida, com certeza a justiça de Deus a justo tempo florescera sobre você.
“Já diz o ditado popular; Antes só do que mal acompanhado”
"Antes o andar só do que a companhia de prostitutas, ou prostitutos"
Que fique em nossa mente a pergunta “quem é mais errado, o que pratica o mau, ou o que permite que ele seja praticado?" Paz e bem
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