LADAINHA ?
O que significa intercessão de Maria?
Todo cristão é um intercessor. Somos membros do Corpo Místico de Cristo, ou seja, membros da Igreja que é o Corpo de Cristo. Isso significa que entre nós existe um laço de solidariedade espiritual. Rezo por você e você reza por mim. No Creio em Deus Pai isso aparece na expressão “comunhão dos santos”. Maria é a Mãe de Cristo e de todo o seu “corpo”, ou seja, é Mãe da Igreja. Neste sentido ela tem um laço materno de solidariedade com cada membro do Corpo de Cristo. Podemos considerá-la nossa mãe também. Já viu alguma mãe que não defenda seus filhos? Ainda que exista, Maria jamais se esquece de qualquer filho seu. Assim como em Caná, ela continua pedindo por todos nós, principalmente quando estamos em dificuldades.
Qual é o fundamento bíblico dessa intercessão?
A Igreja acredita na teologia do Apóstolo Paulo que acabei de indicar: somos todos membros de um só corpo. Essa unidade nos faz intercessores uns dos outros. A intercessão entre os vivos não é colocada em questão nem mesmo pelos evangélicos. Eles têm dificuldade de acreditar na intercessão de Maria e dos santos por não ter a mesma visão escatólógica que a Igreja Católica. Para a maioria dos evangélicos, quando a gente morre, não acontece imediatamente o juízo particular. Segundo eles, entramos em um sono profundo e acordaremos somente na hora do juízo final, para a salvação ou para a condenação. Segundo essa visão, os santos e Maria não intercedem por que estão dormindo. Nós, católicos, acreditamos que já foram julgados e estão no céu, de onde podem interceder junto a Jesus.
Qual a diferença entre a intercessão de Jesus e de Maria diante de Deus?
Jesus não é apenas intercessor, ele é mediador; é o caminho verdadeiro para a vida. Maria é apenas uma seta que aponta para o caminho, mas o caminho mesmo é Jesus.
Como se faz para pedir corretamente a intercessão
de Nossa Senhora?
Costumo dizer que não rezamos para Maria, mas “com Maria”. As diversas orações oficiais mostram essa dimensão claramente. A Ave-Maria, por exemplo, é bíblica, conforme relata Lucas em seu evangelho logo no capítulo primeiro. Outra forma popular de intercessão que a Igreja aprovou é a ladainha. São belíssimas invocações que nos recordam os diversos títulos de Maria. Não são meros elogios. São um reconhecimento do que a Graça de Deus pode fazer na vida de quem diz: “Eis-me aqui!”
Por que é chamada de Lauretana a Ladainha à Nossa Senhora?
Porque foi popularizada a partir do Santuário de Loreto, na Itália, a partir de 1532. Provavelmente surgiu bem antes. Temos notícia de uma coletânea de invocações já no século 12, segundo um manuscrito conservado na Biblioteca Nacional de Paris. Existem outras ladainhas a Nossa Senhora, como a Veneziana e mesmo a de Mogúcia. A mais popular é, sem dúvida, a Ladainha Lauretana.
Quais invocações da Ladainha que se referem aos dogmas de Nossa Senhora?
Os quatro dogmas marianos estão claramente expressos em mais de uma invocação por dogma. A virgindade é atestada em várias invocações. Muitas delas também invocam Maria pelo título de “Mãe”, o que alude ao dogma da Mater Dei (Theotokos): Mãe de Deus. A Assunção mereceu uma invocação e a Imaculada é invocada duas vezes.
A Ladainha de Nossa Senhora tem fundamento na Bíblia?
Há uma sequência de invocações que se referem a títulos marianos que são extraídos do Antigo e do Novo Testamento. Alguns são alegóricos, como “Torre de Marfim” ou “Torre de Davi”, mas todos possuem forte significado teológico. O livro que estou lançando Com Maria, louvamos o Senhor explica a origem e o significado de cada uma das 50 invocações marianas da Ladainha Lauretana.
Qual seria a mensagem final aos leitores do Mãe do Perpetuo socorro ?
A oração da ladainha é uma ótima catequese mariana orante. Rezar é uma maneira de mergulhar mais fundo no mistério. Se procurarmos conhecer o significado das invocações, rezaremos com mais saber e com mais sabor; rezaremos mais e melhor!
Padre Joãozinho, scj, é licenciado em Estudos Sociais, pós-graduado em Psicopedagogia, mestre em Teologia, professor, formador, doutor em Teologia Sistemática e em Educação. Participa de programas da TV “Canção Nova”, é autor de livros e tem músicas gravadas. Atualmente é diretor e professor na Faculdade Dehoniana de Taubaté, SP.
Todo cristão é um intercessor. Somos membros do Corpo Místico de Cristo, ou seja, membros da Igreja que é o Corpo de Cristo. Isso significa que entre nós existe um laço de solidariedade espiritual. Rezo por você e você reza por mim. No Creio em Deus Pai isso aparece na expressão “comunhão dos santos”. Maria é a Mãe de Cristo e de todo o seu “corpo”, ou seja, é Mãe da Igreja. Neste sentido ela tem um laço materno de solidariedade com cada membro do Corpo de Cristo. Podemos considerá-la nossa mãe também. Já viu alguma mãe que não defenda seus filhos? Ainda que exista, Maria jamais se esquece de qualquer filho seu. Assim como em Caná, ela continua pedindo por todos nós, principalmente quando estamos em dificuldades.
Qual é o fundamento bíblico dessa intercessão?
A Igreja acredita na teologia do Apóstolo Paulo que acabei de indicar: somos todos membros de um só corpo. Essa unidade nos faz intercessores uns dos outros. A intercessão entre os vivos não é colocada em questão nem mesmo pelos evangélicos. Eles têm dificuldade de acreditar na intercessão de Maria e dos santos por não ter a mesma visão escatólógica que a Igreja Católica. Para a maioria dos evangélicos, quando a gente morre, não acontece imediatamente o juízo particular. Segundo eles, entramos em um sono profundo e acordaremos somente na hora do juízo final, para a salvação ou para a condenação. Segundo essa visão, os santos e Maria não intercedem por que estão dormindo. Nós, católicos, acreditamos que já foram julgados e estão no céu, de onde podem interceder junto a Jesus.
Qual a diferença entre a intercessão de Jesus e de Maria diante de Deus?
Jesus não é apenas intercessor, ele é mediador; é o caminho verdadeiro para a vida. Maria é apenas uma seta que aponta para o caminho, mas o caminho mesmo é Jesus.
Como se faz para pedir corretamente a intercessão
de Nossa Senhora?
Costumo dizer que não rezamos para Maria, mas “com Maria”. As diversas orações oficiais mostram essa dimensão claramente. A Ave-Maria, por exemplo, é bíblica, conforme relata Lucas em seu evangelho logo no capítulo primeiro. Outra forma popular de intercessão que a Igreja aprovou é a ladainha. São belíssimas invocações que nos recordam os diversos títulos de Maria. Não são meros elogios. São um reconhecimento do que a Graça de Deus pode fazer na vida de quem diz: “Eis-me aqui!”
Por que é chamada de Lauretana a Ladainha à Nossa Senhora?
Porque foi popularizada a partir do Santuário de Loreto, na Itália, a partir de 1532. Provavelmente surgiu bem antes. Temos notícia de uma coletânea de invocações já no século 12, segundo um manuscrito conservado na Biblioteca Nacional de Paris. Existem outras ladainhas a Nossa Senhora, como a Veneziana e mesmo a de Mogúcia. A mais popular é, sem dúvida, a Ladainha Lauretana.
Quais invocações da Ladainha que se referem aos dogmas de Nossa Senhora?
Os quatro dogmas marianos estão claramente expressos em mais de uma invocação por dogma. A virgindade é atestada em várias invocações. Muitas delas também invocam Maria pelo título de “Mãe”, o que alude ao dogma da Mater Dei (Theotokos): Mãe de Deus. A Assunção mereceu uma invocação e a Imaculada é invocada duas vezes.
A Ladainha de Nossa Senhora tem fundamento na Bíblia?
Há uma sequência de invocações que se referem a títulos marianos que são extraídos do Antigo e do Novo Testamento. Alguns são alegóricos, como “Torre de Marfim” ou “Torre de Davi”, mas todos possuem forte significado teológico. O livro que estou lançando Com Maria, louvamos o Senhor explica a origem e o significado de cada uma das 50 invocações marianas da Ladainha Lauretana.
Qual seria a mensagem final aos leitores do Mãe do Perpetuo socorro ?
A oração da ladainha é uma ótima catequese mariana orante. Rezar é uma maneira de mergulhar mais fundo no mistério. Se procurarmos conhecer o significado das invocações, rezaremos com mais saber e com mais sabor; rezaremos mais e melhor!
Padre Joãozinho, scj, é licenciado em Estudos Sociais, pós-graduado em Psicopedagogia, mestre em Teologia, professor, formador, doutor em Teologia Sistemática e em Educação. Participa de programas da TV “Canção Nova”, é autor de livros e tem músicas gravadas. Atualmente é diretor e professor na Faculdade Dehoniana de Taubaté, SP.
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