CREDIBILIDADE RESTAURADA

Quando um banco quebra, uma empresa vai à falência ou uma instituição perde a força de seus objetivos por má gerência, desvios estatutários ou qualquer outra balela, dificilmente recupera a credibilidade popular. Mais fácil é mudar de nome, vender o pouco que lhe resta, fugir do mercado, sepultar-se dentre os próprios escombros. Pior ainda quando é um indivíduo quem cai nas garras do descrédito e perde o respeito e a confiança dos que lhe eram afetos. O que se diria se a falta de confiança recaísse sobre a Igreja, uma instituição cuja razão de ser é um pacto de amor entre Deus e os homens?


Pois o lobo da maledicência rondou seu átrio santo. Nunca a Igreja Católica foi tão sordidamente vilipendiada, massacrada pela mídia e criticada pela língua solta dos contrários à sua doutrina, como no ano que vemos encerrar. De repente, uma chuva de críticas, acusações, discordâncias gratuitas e afoitas propostas de mudanças ecoaram pelos quatro cantos do globo, como se a simples razão do existir eclesial fosse uma ameaça terrificante ao bem-estar da humanidade. Países outrora tradicionais redutos do catolicismo foram os primeiros a levantar suas vozes e cerrar seus punhos contra o que chamavam de “intransigências e falta de visão” ou “intolerância secular contra as diferenças” ou mesmo “fundamentalismo religioso” puro e simples, como se as diretrizes doutrinárias da fé cristã pudessem se moldar ao sabor do vento, dos modismos, do liberalismo sem peias que corrói o comportamento humano e destrói seus mais básicos valores sociais e morais.

Cara feia em noite negra. Não assusta ninguém, pois que uma anula a outra. O fato é que o lado santo dessa Igreja pecadora será sempre mais visível e triunfante, já que nele reside o Cristo e sua promessa de vitória sobre as forças do Inferno. O lado humano aponta sempre a necessidade de um mea culpa, já que esse aspecto de fraqueza e insegurança no caminho é próprio da nossa natureza. Já o lado divino tem metas bem definidas, isentas dos altos e baixos humores do comportamento social, livre de qualquer ideal que não seja a tranquilidade de uma consciência plena de perfeição. Então, por maiores e mais diversas que sejam as acusações contra a Igreja de Cristo, elas só atingirão seu lado humano, nunca divino. E disso temos culpa, pela infidelidade do indivíduo diante dos desafios à sua fé.

Mas nem tudo que é sombra é duradouro. Em se tratando de uma instituição divina, a maledicência nunca arranhará suas portas. Quando muito, ocultará momentaneamente o brilho de seu verniz, pois que logo há de prevalecer a luz divina de suas verdades puras, simples, cristalinas. No Brasil, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, já aponta uma reviravolta estatística. No terceiro semestre de 2010 a Igreja Católica ocupava a 7ª. posição entre as instituições mais confiáveis dos brasileiros. Seis meses depois, já ocupa a 2ª. posição neste mesmo ranking. Com 54%, ficou atrás apenas das Forças Armadas, que detêm 66% dessa preferência popular. “A Igreja ganha até do governo federal e das emissoras de TV, que são instituições consideradas confiáveis”, comentou a coordenadora do ICJ (Índice de Confiança na Justiça), professora Luciana G. Cunha. Ora, o que são dados estatísticos, quando o que se pede é coerência de princípios? De fato, uma honrosa 2ª. posição ao lado da instituição mais questionável das sociedades humanas, as Forças Armadas, não é lá um privilégio tão santo.

Falta-nos algo nessa história. A Igreja de Cristo está acima e além de qualquer outra instituição – invencionices da pobre história humana que necessita da solidez de suas aglutinações sociais para defender interesses comuns – pois que esta não ocupa um mero espaço físico e institucional na história que escrevemos, mas, antes de tudo, penetra e quer governar a alma, o coração de seus seguidores. Quando isso acontecer, nada, ninguém será capaz de violar sua credibilidade.

Fonte: Wagner Pedro Menezes

Local:Assis (SP)

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