N�O MORRE

Por: Saad Zogheib

Ao longo dos tempos ? e hoje ?, o ser humano sempre aspirou a ser eterno, de um modo ou de outro. E todos querem manter a pr�pria originalidade, sem copiar ningu�m. � muito dif�cil pensar que devamos morrer, mas a morte � uma realidade inexor�vel.

Quanto sil�ncio sobre muitas pessoas que morreram e foram logo esquecidas. Quantas ideologias morreram com quem as defendeu, quantas teorias sucumbiram ao mesmo tempo em que, sob a terra, se escondiam os seus fautores.

No entanto, nascemos para ser eternos. Mas, afinal, o que nos assegura a perman�ncia da vida?

Algumas pessoas permaneceram vivas na mem�ria dos povos, como se vivessem at� hoje. Foram pessoas que se eternizaram porque viveram por algo que n�o passa: fizeram a vontade de Deus; identificaram-se com as palavras de Jesus; tornaram-se pequenos verbos no Verbo. "Os c�us e a terra passar�o, mas as minhas palavras n�o passar�o".

Mas ocorre descobrir e experimentar que Deus � Amor e, portanto, a sua vontade n�o pode n�o ser s� Amor.

� muito constrangedor e triste ouvir o tom resignado e passivo de muitas pessoas, atribuindo tudo � vontade de Deus, como um determinismo cinzento e implac�vel, mon�tono e imut�vel, quase uma condena��o. Devemos, ainda, nos desvincular dos res�duos ancestrais da ideia de deuses capazes de vingan�a e de terror.

O Deus anunciado por Jesus � Amor, e essa realidade pode determinar uma reviravolta radical em nossas vidas. Quando fazemos a profunda experi�ncia de que Deus nos ama, encontramos a verdadeira liberdade em fazer a sua Vontade, que � diferente para cada um de n�s. Como diferentes raios do mesmo Sol.

Persistindo na decis�o de caminhar no nosso raio em dire��o ao Sol, sabendo recome�ar sempre, a aventura da vida humana se torna extraordin�ria; a normalidade assume tons de extraordinariedade, porque permanecendo "no raio" encontramos sempre a novidade que Deus preparou para n�s em cada momento presente.

E quanto mais caminhamos no nosso raio, mais nos encontramos pr�ximo dos outros, lado a lado. Cada um com uma singularidade irrepet�vel, mas unido aos outros. � medida que nos aproximamos do Sol, aproximamo-nos entre n�s, at� nos encontrarmos todos em Deus. Desse modo, a inconfund�vel beleza do des�gnio de Deus para cada um torna-se dom para os demais, num jogo de reciprocidade. Uma divina harmonia j� se inicia nesta terra para continuar eternamente no C�u.

Fazer a Vontade Deus, que � o seu amor por n�s, � o �nico modo de nos tornarmos eternos.

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