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Crer é esperar e ver realizar.

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Nossa caminhada com Deus não é uma caminhada que se sustenta em solução, resposta e garantia, por isso que a nossa vida é uma questão de fé. Como disse o apostolo Paulo não sei, não sei, não sei. Mas eu sei em quem tenho crido.  Somente a fé nos faz caminhar entre os problemas, paradoxos e perplexidades. A vida está cheia de eventos aleatórios, e é preciso de fé para conviver com o aleatório. Por que afirmamos que a bíblia é a revelação de Deus aos homens? Por causa da fé. Por que afirmamos que Jesus é o filho de Deus? Pela fé. Pela fé nos cremos que o universo foi formado por Deus. E que somos objetos do seu amor. Assim vou viver, embora não tenha todas as respostas, não tenha todas as soluções, nem todas as garantia, vou viver, pois a bíblia fala que o justo viverá pela fé. Sabendo em quem tenho crido. Tendo fé que Ele é poderoso para fazer muito mais, que tudo aquilo que pensamos, sonhamos ou imaginamos. Pois o Deus revelado na pessoa de Jesus de Nazaré, ele não me é uma ilusão,

Reordenação Espiritual

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Ossos secos... secos porque vida não têm...não têm vida porque foram separados...não têm vida porque não têm alma e espírito [o sopro de Deus]. Secos estão por estarem no vale da sombra da morte (Sl. 23. 4), no vale dos ossos secos. [Mas a vara e o cajado do Pai os consola, os anima, e eles, todo ano, dizem em suas festas: "no próximo ano em Jerusalém!"]. Secos por não terem mais músculos, não possuírem mais carne, nem tendões, nem nervos, nada! Nem peles que os protejam, nem veias, nem artérias, nem sangue porque não têm mais vida. Mortos não se movimentam, sem vida não se ajuntam, não se reajuntam. Secos estão distantes de seus pares: rádio, úmero, fêmur, escápula, vertebras, falanges, tarso, metatarso, carpo, metacarpo, tíbia, patela, clavícula, tudo! Quem é quem? Quem é de quem? Ninguém sabe! Dispersos secos se tornaram, porque interdependentes são. É o fim, não tem mais retorno, morreram; mortos estão; sem vida! Não se juntaram aos seus pares porque estão perdidos, d

A repressão do Natal

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Poderão achar estranho o título, e quando souberem que sou psicanalista, dirão que não sei falar de outra coisa. Bem, meus olhos foram treinados para procurar por sinais de repressão, assim como os da arqueóloga buscam sinais de civilizações soterradas. Mas o que isso tem a ver com o Natal? Bastante, pois há muito tempo o significado cristão do Natal tem sido soterrado por camadas de outros badulaques.   Vocês sabem do que estou falando. Basta ouvir rádio, ver TV, abrir um jornal, para notar como esta festa tem de tudo, mas muito pouco do que é autenticamente cristão.   Quero, no entanto, escavar com meu “faro” de psicanalista-arqueóloga para mostrar que podemos ver nos Natais atuais os sinais do que foi reprimido – como se um sinal aqui e outro ali ainda trazem a mensagem da Boa Nova. Quase como uma mensagem a ser decifrada a partir de um código secreto. Precisamos ter nossos sentidos aguçados para percebê-lo:   - O Papai Noel é uma caricatura do Pai do Céu, este sim

Ame e odeie o mundo

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“Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia...”  (2 Tm 4.10)   Há uma grande diferença entre amar toda a criação de Deus e amar “este século” (ou ao “mundo”, palavra que ainda nos causa confusão). Defino aqui mundo  como a produção humana e seu conjunto de experiências que acabam tornando a vida uma loucura, sem espaço para Deus; uma auto-suficiência idólatra onde as pessoas agem como se elas fossem deuses, criando um sistema de vida viciado na busca pelo prazer individual e no pleno exercício da ganância; o humanismo secular.   Logo, alguns concluem que devemos nos proteger de toda essa mazela mundana. A implementação disto seria, portanto, viver em uma comunidade isolada e cujo centro é a estrutura eclesial. Criaríamos um gueto alternativo que se exime dos processos da vida social, à margem dos espaços públicos de construção e manutenção, visto que são estruturas possuídas pelo maligno e se envolver implicaria em apai

A BUSCA DA PERFEIÇÃO

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"Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,38-48). Esta clara determinação do Mestre divino é um vibrante apelo à fuga de toda e qualquer mediocridade. Cristo nos ensina que o apelo à santidade é para todo batizado. Muitos julgam que a perfeição cristã está reservada aos grandes místicos como Santa Catarina de Sena, São João da Cruz ou Padre Pio. Eis aí um ledo erro, pois tal é a vocação de todo aquele que tem fé, dado que Deus já preceituara no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, como está no Livro do Levítico (Lv 2,43-45). Jesus veio a esta terra para mostrar como colocar em prática a solicitação divina. Os santos realizaram de maneira excelente aquilo que todo cristão deve querer ser se tiver plena consciência de sua vocação. Não se trata de viver na estratosfera, num estado de alienação, mas simplesmente estar imbuído de uma disposição sincera de adesão à vontade do Ser Supremo, amando-O e ao próximo como Jesus amou. Amar é preferir

O CICLO DA VIDA

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A gente nasce e todo mundo faz apostas quanto ao nosso futuro. Vai ser pessoa de sucesso, fama e prestígio. Vai ter saúde e ganhar muito dinheiro. Vai ser feliz. Os votos são sinceros e espelham o querer da maioria. Afinal, quem não deseja ser feliz, famoso e rico? Os pais, satisfeitos, aninham nos braços seu pequeno bebê torcendo para que tenha tudo o que lhe foi desejado pelos amigos e parentes. O tempo passa e, ainda crianças, começamos a conhecer o mundo e seus desafios. Tudo é festa. O que a gente não alcança, o pai ou a mãe entregam em nossas mãos. Choramos e logo somos atendidos. A infância parece ser um pedaço do céu para muitos de nós. Somos felizes e inocentes. A adolescência nos surpreende com um montão de espinhas e problemas insolúveis. O conteúdo escolar é difícil e os pais são chatos. Mas, em compensação os amigos são ótimos; e o melhor, também têm espinhas. O maior desafio é conseguir burlar a vigilância parental e voltar para casa na madrugada. Somos insati

A MÃE SOFREDORA JUNTO Á CRUZ

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As mães sempre presidiram a história da humanidade. Os monumentos imperecíveis que marcam grandes povos são os erguidos nos corações dos filhos pelo amor de mãe. Nas crônicas das gentes as mais gloriosas cenas se assinalam pela presença desta figura celestial que assiste o destino das civilizações e plasma aqueles que, um dia, decidem a sorte de toda uma nação. Diante da eternidade, perante os homens, maior responsabilidade não paira!  Nas encruzilhadas da vida a influência materna sempre rasgou horizontes, tracejou um caminhar para a humanidade. A França conheceu, no século XVIII, páginas singulares de sua História. Luta obstinada de novas forças sócio-econômicas contra o regime dominante. Avulta-se uma figura controvertida que haveria de agitar toda a Europa e influenciar no destino dos povos latino-americanos. Surgira o célebre Napoleão Bonaparte. No auge de sua trajetória ele afirmou solenemente: “Devo tudo que tenho feito à minha mãe”! Ser mãe de Napoleão que responsabilidad